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contém: Selecção de Cenas
¦Ficha Técnica e Artística

Louis Malle (1932-1995) é um representante atípico da geração de cineastas que formaram a nouvelle vague. Trabalhou, no início de sua carreira, como assistente do cineasta francês Robert Bresson e do pesquisador submarino Jacques Cousteau, com quem dirigiu o documentário O Mundo do Silêncio, vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cinema de Cannes, em 1956. Realizou trinta longa-metragens. Foi um dos raros diretores franceses a firmar carreira nos Estados Unidos.

Seu alvo principal sempre foram os costumes burgueses, que nas suas obras parecem estar sustentados por uma malha fina de hipocrisia, medo e frustração.



Assistente de Jacques-Yves Cousteau, este realizador francês começou a filmar com uma câmara de 8mm aos 8 anos e aos 25 já tinha realizado a sua primeira longa-metragem. Os filmes de Louis Malle abarcam diferentes géneros, que vão da captação mais objectiva da realidade dos seus documentários, até aos temas mais oníricos de alguns dos seus filmes, passando por temas de denúncia social ou estudos do comportamento humano, sem fazer juízos de valor. Apaixonado por jazz, passou a segunda metade da sua carreira em Hollywood. Esta colectânea reúne alguns dos seus títulos mais representativos.

Resumo:
Contem os filmes Adeus rapazes (1987) (Au revoir, les enfants) + COLABORACIONISTA + Os Malucos de Maio (1990) (Milou en Mai) + UNICORNIO + Calcutá (1968) (Calcutta)

Adeus rapazes: Durante a ocupação Nazi, Julien um rapaz quase a entrar na puberdade, estuda num internato católico. Iniciado o ano lectivo, aparece Bonnet , um novo aluno que tem algo de misterioso. Através de jogos, lutas e do descobrimento de interesses comuns, a amizade entre ambos irá crescendo e torna-se cada vez mais intima, sobretudo quando Julien descobre que o que o diferencia de Bonnet: ele é ariano, o seu amigo é judeu.

O colaboracionista: Durante a segunda guerra mundial, Lucien Lacombe, um jovem camponês cujo pai pai está prisioneiro na Allemanha, tenta entrar na resistência. recusado pelo cabecilha local, incorpora-se por coicidência na policia Alemã que funcionava em França durante o conflito bélico. Com uma capacidade de adaptação ao que o seu novo posto exige, a vida muda quando conhece France, a filha de uma alfaiata judeu, da qual se enamora.

Os malucos de Maio: Milou nunca saiu da propriedade familiar e custa-lhe imaginar outro mundo diferente daquele que o rodeia. Com a morte de sua mãe e com o Maio de 68 parisiense como pano de fundo, o resto da familia regressa a casa. as emoções nunca antes expressadas e a avareza que surge com as partilhas da herança, irão mostrando os apectos menos agradáveis de todas as personagens.

O unicórnio: Num mundo em que dois sexos se encontram em guerra, uma jovem tenta escapar ao ambiente e refugia-se numa quinta onde a situação não pode ser mais estranha. Uma mãe que morre, o seu filho que não fala, a filha que lho amamenta. Considerado pelo seu director de fotografia, o genial Sven Nykvist, como um dos seus melhores trabalhos.

Calcutá: De câmara na mão, Louis Malle percorre Calcutá retartando a sua gente, a sua cultura e o espirito de uma das cidades mais fascinantes do mundo. Cheio de imagens impressionantes, este documentário é caleidoscópio cultural que trata de aproximar-nos à vida dos 8 milhões de habitantes de Calcutá dos finais dos anos 60

A Índia fantasma: Rodados com longos planos-sequência durante a viagem à Índia, o realizador Louis Malle realizou em 1968, a Índia Fantasma. Trata-se de um documental dividido em 7 espisódios que aborda em profundidade temas da realidade como a religião, a politica e a cultura ancestral com imagens tão sugestivas como o próprio espírito do país. diário de viagem onde nos é revelado o melhor da Índia e o melhor de Malle.

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